Confusa... livro sentidos

Você chega sorrateira

Como o vento,

Levando minha paz,

Condenando-me ao sofrimento.

Pronuncia palavras

Que machucam o coração.

Faz promessas que não cumpre,

Deixando-me na solidão.

Queixa-se do que não faço

E do que faço também.

Esquecendo de que o que

Faço é te querer bem.

Meu sono vai embora,

Minha alma se apavora,

Minha noite se transforma,

Oferta-me o silencio das ruas lá fora.

Escondo-me de você

Nos espaços que te encontro.

Fujo de você nas redes sociais,

Querendo-te cada vez mais e mais...

Sou animal sem abrigo.

Pássaro ferido.

O dito pelo não dito e.

Verdades que não digo.

Depois que me maltratas,

Vais embora cheia de pirraça,

A noite fica sem graça

E a saudade me abraça.

Como posso querer te entender,

Se nem ao menos sei quem é você.

Confusa e debochada. Por vezes arrogante,

Muitas vezes apaixonante.

Seus olhos refletem tristeza,

Sua beleza não se põe na mesa,

Seu coração congelado,

Ato e gesto errado.

O sol muitas vezes te acompanha,

A lua, com sua luz, te banha,

Mas a mim sempre condenas

Ao mundo sem esperanças.

Renato Galvão
Enviado por Renato Galvão em 20/03/2018
Reeditado em 10/07/2018
Código do texto: T6285004
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