Chuva Oblícua

Tudo tem um início, prefiro as reticências.

A chuva não para. Olhando a sua forma, me perco.

Um filme repentino. É a minha vida.

Não tem importância. Não preciso fingir.

Caminho. Não existe nada ao meu redor.

Erros e acertos. Momentos traumatizantes.

É impressionante como se amadurece com o tempo.

As indagações passam a ter respostas. Até surgirem outras.

Só que agora, tudo faz sentido. Visão de 360º.

Mas só das coisas passadas.

O tempo é o Senhor da Sabedoria.

É o único que acalma a dor e a saudade; absurdas em suas essências. Só ele é capaz de nos tranqüilizar quando perdemos alguém que realmente amamos.

As grandes recompensas sempre são trazidas pelo Lord.

É responsável pelos julgamentos mais sensatos e pelos castigos mais justos.

Quanto mais perceptível é a sua passagem, maiores são os arrependimentos.

E o desespero bate, pois não sabemos o quanto dele ainda temos.

A chuva para. É como se tivesse acordado de um transe.

E tudo se embaralha mais uma vez.

Mas, o que são certezas e verdades absolutas mediante tamanha força?

(...).

Acredito no Grande Império do Tempo, Porque eu cometo erros.

Homenagem ao tio Bob