O CAÇADOR DE GIGANTES
Sou um caçador de gigantes. Arco na mão, pés no chão. Uso flechas porque são silenciosas. Escondido no espaço livre das folhas, crivo mentes e corações. Não, não me pagam recompensas. Meu ofício é perseguir inocentes. Apresento-lhes a queda. Uns são pegos sorrindo, outros são pegos sonhando. Muito empenho e muito engenho. Entro na taberna e tomo da amarga para a coragem não me faltar. É solitário o meu trabalho. Se atinjo um por dia, fico contente. Um por dia. Um hoje. Sou um caçador de gigantes. São colossos, que alguns denominam leitores.