SENHORA CONSCIÊNCIA
Deixa eu lhe confidenciar
Alguns minutos de prosa
que outros rumos terão as histórias
Da intimidade do ser sou senhora
não há de desvanecer,
quando bem sabes o que vigora...
As chuvas que banham as ruas
são as nuvens de outrora que choram
“Ontem era tu rainha da inversão,
súditos no divã,
uma alteza pendente das devidas glórias”
Hora memória!
Nem fazem assim tantas horas!
E há tantas de que nem se deu conta
foram embora, até dormiram os pirilampos
que alumiavam teus olhos...
“Não fosse eu memória”...
Dou-te essa rosa, arranque a vida do peito,
aí se deite que lá vem história.
Inspira, expiro te embalo agora
Pendure o quadro na parede,
arme firme a sua rede e se balance por hora ...
tic, tac, tic, tac...