Fria madrugada
O que digo eu aqui e agora
Não mais do que está acordado
Nessa fria madrugada significa
Não menos do que querer está dormindo
E talvez, somente talvez,
Levantar cedo da manhã.
A voz interior grita rouca
Já cansada de tanto gritar
Talvez eu tenha problemas
Ou encare alguns demônios
Que a voz interior na sua rouquides
Como um velho fadigado se maldiz.
Eu não tenho agora, como salientar
Enumerar cada parte do que sinto
Na verdade, eu aqui, sou o mais perdido
E procuro em versos me encontrar
E traço em cada linha um caminho
Para não se perder um pouco mais.
O que está acordado nessa fria madrugada
Acordou desde o último dia em que penso
Em coisas que a vã filosofia é incapaz de responder
Sobre o amor, sobre a vida, sobre eu mesmo.
Não tenho resposta, e isso me causa insônia
Mas traço meu caminho de forma errônea
Pensamentos tolos como fuga para infelicidade
E todos deram errado.
Mas agora, a partir do hoje
Que ainda vou dormir e acordar
Seguirei um caminho mais certo
Um não criado por mim, mas pelos deuses
Tudo depois de um certo tempo passa
Eu esperarei esse tempo passar
E então voltar, a viver.