Para sempre dentro de mim
Menina, nos observamos há tempos,
Sei que espera meus motivos,
Ponha tudo isso em ação,
Oferecendo meus intentos a ti,
Mas quanto perderia se o permitisse,
O fogo da paixão silenciosa
Ardendo a dúvida e o desejo,
Essas forças que me alimentam no peito
A fome de minha Poesia?
Vê que a barreira do platonismo
Nos enche dessa grande energia
Que faz o coração tão forte bater?
Note, minha pequena querida,
Se satisfizermos esse anseio,
Mergulhassemos no regorjizo imenso,
A chama se inflamaria a enfim explodir,
E com isso irá tão somente se extinguir,
E cairíamos na estranheza e receios
Que apenas pressupõe o amargo fim;
Permita então que eternize esta paixão
A nutrição das doces poesias de hoje,
E no fim, quando não mais nos conhecermos,
Tenha um pouco de ti para sempre,
Dentro de mim.