DEPENDENTE DO AMOR

Por mais que tente (eu)

Desvencilhar-me de tuas agruras,

Partira-me o peito- me seduz a ternura

Envelhece-me à alma,

Que ao meu corpo se curva.

Aos pesos dos anos

As canções vão escasseando,

São como vozes – falas do desengano

Que em meus ouvidos vão tilintando.

Preciso urgente de um 0800

Que na alma não me cobre créditos,

Pois as vozes da fulana

Me embriagou roubou meus versos.

Deito-me em qualquer calçada

Ao relento,

O cobertor é minha derme

Que me faz desjejum em desalento.

E tento e tento e tento,

A todo custo não embriagar-me,

Mas vem o instante a ilusionar-se

Da fórmula constante do amar-te.

E sem teu amor

Deitado na calçada da vida,

Pego minha bagagem só de ida

E vou-me pela estrada sofrida.

ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA

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18/04/2018

ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
Enviado por ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA em 19/04/2018
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