O Poeta e seus poetas

Às vezes começava a escrever

Sem ter o que dizer

Minha mente dominava

Meu cérebro obedecia

Meus pulsos praguejavam em perpétua agonia

Logo após sorria com imensa alegria.

Não é poesia muito menos nostalgia

O que sempre falo sobre essa velha senhoria

Que descansa e cansa em plena paraplegia

Estagnada em um canto sem amor sem euforia

Rezo por velhos autores como na poesia e prosa

É sem monotonia, é de ser ler em alegria

Bela musicalidade, perfeita rima

Assim como no simbolismo

E no parnasianismo.

Sigo o exemplo do velho Álvares de Azevedo

Citando moças nas escritas...

Dores...

Vários amores...

Como Cruz e Souza sofreu...

Não amadureceu e morreu

Deixando rabiscos em cima do livro.

Choro ao ler Alphonsus Guimarães

O poeta do luar, que perdeu a moça

Viveu e continuou a praguejar.

Invejo Carlos Drummond de Andrade

Felicidade e tristeza...

Observação e pureza foi sua arte.

Sinto-me um poeta desgarrado

Não muito reconhecido

Entretanto muito amado.

Geovanny Lino Coutinho
Enviado por Geovanny Lino Coutinho em 30/08/2007
Código do texto: T631560