O Poeta e seus poetas
Às vezes começava a escrever
Sem ter o que dizer
Minha mente dominava
Meu cérebro obedecia
Meus pulsos praguejavam em perpétua agonia
Logo após sorria com imensa alegria.
Não é poesia muito menos nostalgia
O que sempre falo sobre essa velha senhoria
Que descansa e cansa em plena paraplegia
Estagnada em um canto sem amor sem euforia
Rezo por velhos autores como na poesia e prosa
É sem monotonia, é de ser ler em alegria
Bela musicalidade, perfeita rima
Assim como no simbolismo
E no parnasianismo.
Sigo o exemplo do velho Álvares de Azevedo
Citando moças nas escritas...
Dores...
Vários amores...
Como Cruz e Souza sofreu...
Não amadureceu e morreu
Deixando rabiscos em cima do livro.
Choro ao ler Alphonsus Guimarães
O poeta do luar, que perdeu a moça
Viveu e continuou a praguejar.
Invejo Carlos Drummond de Andrade
Felicidade e tristeza...
Observação e pureza foi sua arte.
Sinto-me um poeta desgarrado
Não muito reconhecido
Entretanto muito amado.