Vida de um refugiado
Tal qual lixo amontoado a esmo,
Expostos a parasitas sedentos,
Seus corpos clamando por conforto,
Não veem uma saída nem ninguém ,
Que atenda seu lamento.
Homens e mulheres sem pátria ,
Com desejos e sonhos contidos,
Só querem atenção e o calor de um abrigo,
Querendo dar a vida um sentido.
Do seu mundo eles pouco trouxeram,
Muitas coisas eles querem aprender,
Uma vida digna eles desejam,
Esperando alguém para lhes atender.
A seus filhos eles querem dar uma vida melhor,
Diferente do que sua pátria lhe renegou,
Numa vida nova eles esperam,
Realizar o que sempre sonhou.
No semblante desse povo sem pátria ,
A esperança vai substituindo a tristeza,
Tal qual um náufrago que vaga,
A persistência se faz companheira.
A cada dia que passam superam limites,
Que vão ser lembrados por uma vida inteira.