Vida de um refugiado

Tal qual lixo amontoado a esmo,

Expostos a parasitas sedentos,

Seus corpos clamando por conforto,

Não veem uma saída nem ninguém ,

Que atenda seu lamento.

Homens e mulheres sem pátria ,

Com desejos e sonhos contidos,

Só querem atenção e o calor de um abrigo,

Querendo dar a vida um sentido.

Do seu mundo eles pouco trouxeram,

Muitas coisas eles querem aprender,

Uma vida digna eles desejam,

Esperando alguém para lhes atender.

A seus filhos eles querem dar uma vida melhor,

Diferente do que sua pátria lhe renegou,

Numa vida nova eles esperam,

Realizar o que sempre sonhou.

No semblante desse povo sem pátria ,

A esperança vai substituindo a tristeza,

Tal qual um náufrago que vaga,

A persistência se faz companheira.

A cada dia que passam superam limites,

Que vão ser lembrados por uma vida inteira.

Severina Gomes
Enviado por Severina Gomes em 01/05/2018
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