As diferenças são sagradas
Ele queria que ela desse um adeus ao mundo
Mas como, se ainda não morreu?
O destino tinha mostrado que nada é dela,tudo dele.
Mesmo assim com muito jeito ela deu um adeusinho.
Um presente suportável em fragmento
Efêmero como tal , a anciã sobrevivente das gerações perdidas
Foge ao máximo do sofrimento.
Sabe que há dias de uma falsidade incrível
Como a vida da gente.
Será que é morta viva?
Reza, benze, espera milagres a todo instante.
Olha o mundo lá fora bem distante.
O atormentado homem vira a folha
Como o piolho de cobra bem no leito
Ciumento não sabe amar
Corrompido maltrata o outro.
Florzinha já cansada ,atormentada.
Nada mais de sonho é noite escura
Para cima e para baixo, correndo sem querer nada fazer.
Enrola, sente culpa no disfarce.
Essa condição mesma de falta de engajamento
Assim passam os dias
Sendo azedada, esfolada e alienada.