Soneto indecente [Paródia do soneto de fidelidade]

De nada meu amor, serei alento

Depois e com tal medo e sempre, não tanto

Mesmo sob a dor do maior pranto

Que em mim não se esgote o sentimento

Quero amá-lo em instantes, quero amar de momento

E em meu pudor hei de instalar o espanto

Gozar teu gozo, espalhar encanto

Ao seu olhar tão pudendo

E assim quando desse amor me cure

Quem sabe o tempo, consolo de quem vive

Quem sabe a morte, fim do que se ama

Eu possa descrever-lhe o amor que tive

Que seja imoral, posto na cama

Mas que seja real enquanto dure.

a Dani Ribeiro
Enviado por a Dani Ribeiro em 01/09/2007
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