Meu relógio biológico

“Encrencagens” de dentes alinhados

Luta, mas de pontualidade um sumiço

Não entendo, parece tudo sincronizado

Falta dar corda para terminar o serviço?

Um dia fui posto contra a parede

Ouvi um alerta de que estou perdendo o pulso

Dois dias em um, você não consegue

Garanta o que está no bolso, do outro será expulso

São grãos de areia para você sentir-se soterrado

Fazendo acreditar que seu tempo está acabando

Não desista, vire esta ampulheta de lado

E se imagine recomeçando

Pensar no futuro seria tempo perdido?

Deveria usá-lo somente para viver o presente

Talvez só assim para ser bem sucedido

Sem me preocupar com o incerto do “de repente”

Essência ansiosa que me faz pensar adiantado

Passando uma sensação de que já perdi a hora

Fica parecendo que cheguei atrasado

De que perdi o bonde da história

Algo interfere neste meu relógio maluco

Confuso horário que desconhece meridiano

Me alerta de alguma coisa o cuco

Como entender meu ciclo cicardiano?

E na busca para que a resposta seja decifrada

A meditação e a criatividade de uma mente aberta

Em algum momento a verdade ficará escancarada

Só não sei bem a hora certa