Há quem diga

Há que diga que sou vulcão,

há quem diga que sou furacão,

há quem diga que tenho o pavio curto,

e há quem diga que sou explosão.

Eu digo, que quem diz,

não soube me ver, nem o que fiz.

Bem longe chegou do meu coração,

insensível demais, para fazer-me feliz.

Que bom que todos se foram,

porque só os bons permanecem.

E aqueles que me conhecem,

sabem que, por baixo do temporal,

há brisa serena, há paz.

Quem me conhece sabe,

que sou não sou vento, sou vendaval.

Que não gosto de café morno,

nem de molhar só os pés.

Que me jogo de cabeça,

e, não sento ver a banda passar.

Há quem diga, o que quiser,

há quem diga o que diga.

Eu sempre vou dizer,

quem me conhece sabe,

que em minha vida,

não há falta de paixão.

Há os que nunca me enxergaram,

há os que não tiveram emoção.

Mas, há quem diga que sou amor,

há os que dizem que sou poesia.

Digam o que digam,

são a esses que dou valor,

- porque eu sei, quem eu sou.

Eles sabem que são.