A TERAPIA DO ESCREVER
Houve um tempo
Que o meu espírito padecia
De um infeliz contratempo
As noites eram frias pela melancolia
No semblante frio uma letargia
Passava madrugadas tentando entender
Como pôde eu me tornar tão vazia,
Minha alma sofria tentando a ela sobreviver
Dos apelos do desespero por liberdade
Dos direitos do ir e vir sem seus apegos
Do orgulho insensato e de sua tola vaidade
Sofri ao expulsar todos os morcegos
Contidos na caverna na qual fui prisioneira
Liberta descobri que escrever é também terapia
Ao curar a minha alma à minha maneira
Ganhei a sonhada liberdade nas asas da poesia...
(Simone Medeiros)