Quase um soneto

Quero escrever um soneto:

Dois quartetos, dois tercetos;

Tudo milimetricamente perfeito.

Rima rica, fluente e inaudita,

Que gruda no ouvido, o ar empregna.

Mas não sou um bardo, ou sátiro,

E nem mesmo sou musa.

Minha rima se quebra, requebra...

E até dá chiliques: senta e assiste;

Meu verso é averso à lira.

Marginal, escroto, descabido...

Qual seria o apelido que melhor lhe cairia?

Não sei! Que me digam os senhores, os vates.

Lilith Vega
Enviado por Lilith Vega em 23/07/2018
Código do texto: T6397806
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