CHÃO DE FICAR.

Eu não quero nem tão cedo

Afastar-me do agora

Quero o ar do arvoredo

O laranja da aurora

Quero a terra molhada

Quero a mão espalmada

Em um riso inocente

Quero ficar onde estou

Sem chorar o que passou

Eu quero ficar somente.

Não pretendo dá partida

Feito um trem sem destino

Não aceno a despedida

Nem rumarei clandestino

Serei como uma coluna

Feito de uma braúna

Na raiz da minha alma

O chão será o meu dono

Por isso não abandono

A casa que me acalma.

Eu canto no mesmo ninho

Que canta as aves da vida

Sou metade passarinho

Na aragem colorida

Aqui é o meu lugar

Onde o sol vem enxugar

As águas do sentimento

Com o calor do conforto

Onde piso é meu porto

Meu lugar de nascimento.

Ebenézer Lopes
Enviado por Ebenézer Lopes em 06/08/2018
Código do texto: T6411208
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