Noite de Lua

1. Contextualização

É uma noite estranha. Ainda é cedo e o céu parece que já está se preparando para despedir-se da lua. Preparando-se para despedir-se dessa lua que me ilumina as idéias e o papel, dessa lua que ainda clareia a tudo.

Ninguém passeia lá embaixo, está tudo calmo e silencioso. As pessoas estão cansadas, foi mais um dia comum cheio de tarefas por fazer, cheio de pessoas correndo para lá e para cá, cheio de coisas muito grandes sobre as quais pensar. É, foi um dia mais ou menos assim para mim também. Um dia como tantos outros, nos quais eu finjo estar bem, nos quais eu sorrio fácil. Sim, foi mais um dia comum e agora tenho mais uma noite também comum, exceto pela peculiaridade dessa coloração do céu. Ele está de um azul tão clarinho numa noite tão sombria que chega a espantar. Sinceramente, só mesmo vendo. É que não dá para explicar.

2. Poesia

Eu deixo a lua me guiar os pensamentos

E ela o faz baixinho,

Procurando me iluminar os caminhos,

Mas à distancia, sempre à distancia

Ela tem medo de mimar demais,

De me amadurecer antes do tempo,

De me evitar a passagem pelos moinhos

Eu deixo a lua me guiar os pensamentos

E ela assim o faz, baixinho.

“Amem-se uns aos outros. Ou pereçam”