Reflexões Humanas II
Tudo aquilo que se perde
É tudo aquilo que se nega
Todo aquele que porta o ódio
Tem a consciência cega
A maldade que está em tantos corações
Assola a humanidade e a faz ceder a suas tentações
Assim como a pobre falta de inteligência
Que leva o homem à decadência
Tanta fome e tanta miséria
Mostra que a humanidade segue numa rota deletéria
Pela ignorância do homem que se destrói pelo dinheiro
Num declínio desordeiro
A ambição pelas riquezas
Destrói nossa conduta e nossa natureza
Devastando nosso peito e nossas matas
Por mentalidades tão devassas
A bomba atômica que destrói sonhos, vidas e planos
É motivo de uma cobiça e um desejo insanos
A verdadeira loucura não está em nossos nervos
A prova disso é a briga pelo poder bélico entre nossos governantes medievos
Não há mais solidariedade nessa terra
Há apenas ódio, hipocrisia e guerra
E a dor é o pagamento
Por toda essa falta de sentimento
Tantos conflitos armados
Por motivos ambiciosos e infundados
Causados numa inquieta constância
Pelo ódio e o desejo de vingança
Tudo isso por que o homem só usa armas materiais
Futilidades de nossas existências e nada mais
As verdadeiras armas de um homem estão em seu peito
No entanto, estas armas são jogadas ao vento
Roubos, tiroteios e assassinatos
São os decorrentes fatos
De uma humanidade estranha
Corrompida pela falta de amor contemporânea
Deus deixara de ser criador e agora virou peleja
Pois virou objeto de lucro pra igreja
Que rouba, molesta e aliena
Sob uma mentalidade tão pequena
A devassidão tomou conta dos nossos governantes
Os transformou em seres corruptos errantes
Somos as vitimas de um crime cometido com a nossa conivência
No entanto, perdemos nosso tempo apontando os culpados da nossa decadência
O dinheiro domina nossas mentes
Faz-nos errantes e coniventes
Trazendo uma temporária alegria e uma longa dor
Compra a vida, a honra, a justiça e às vezes até o amor
A arrogância e a pré-potência das pessoas os fazem serem fracos
Enquanto Deus dá a farinha, o diabo carrega o saco
Num mundo emergente
Pelos erros de sua gente
E como o poeta ama e anda sobre o seu próprio chão
Todos devem se amar e ter a sua própria concepção
Pois, pra salvar nossa civilização precisamos parar pra pensar!
E descobrir que é preciso amar!
Antônio Drummond de Moraes