do percurso

E eu só tenho essa paragem

de viajante que cansou

do peso da bagagem

e tenho essa bolha

que flagela o passo,

oxida a escolha,

desbota o caminho

e deixa meu sonho

com fome de cor

e tenho essa passagem sem hora marcada

que me inquieta a alma itinerante

e me faz seguir sem norte,

sem cura

Traga-me sossego, Destino.

Me mostra uma placa qualquer de direção.

Me ensina como suportar a sina

de não poder esperar a dor passar

para dar o próximo passo.

Carlos Alberto de Souza
Enviado por Carlos Alberto de Souza em 17/09/2018
Reeditado em 16/12/2018
Código do texto: T6451080
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