O Doido
Era o doido incoerente
vagando pelo oriente
dos ocidentes do mundo.
Contava suas lorotas
escondendo nas anedotas
os absurdos contidos
na sua própria engenhoca.
Com o sorriso dos admiradores
escondia ele no canto dos olhos
as amassadas magoas do mundo vivido.
Nas gargalhadas por ele bem dadas
jogava fora o pobre de dentro
e com o choro do riso que ninguém contava
fazia com toda a sua graça
jorrar a dor escondida.
E os ouvintes de pé aplaudiam
e o doido, com todo o seu sorriso
de tristeza morria.
NormaBento
Niterói, 03/1981.
Era o doido incoerente
vagando pelo oriente
dos ocidentes do mundo.
Contava suas lorotas
escondendo nas anedotas
os absurdos contidos
na sua própria engenhoca.
Com o sorriso dos admiradores
escondia ele no canto dos olhos
as amassadas magoas do mundo vivido.
Nas gargalhadas por ele bem dadas
jogava fora o pobre de dentro
e com o choro do riso que ninguém contava
fazia com toda a sua graça
jorrar a dor escondida.
E os ouvintes de pé aplaudiam
e o doido, com todo o seu sorriso
de tristeza morria.
NormaBento
Niterói, 03/1981.