Malícia
(Para o Giácomo.)
Quando ele chega no vento das manhãs,
é como o Sol se estendendo pelos campos
em langorosos raios que aquecem
e sem intenção acariciam meus cabelos.
Sua voz é gorjeio de infinitos pássaros
alegremente escondidos entre as árvores.
Permaneço de costas para o Sol.
Neste universo, é ele quem gira entre os planetas.
Adoraria tomá-lo em meus braços,
corpo moreno e cálido ao fim da tarde mas,
como a malícia,
ele se fecha ao toque dos meus dedos.
Impossível colher a rosa vermelha em sua boca.
Qual o caminho para o seu coração? "É fácil."
Eu não sei. Nasci afeita às coisas mais difíceis.
Silenciosa contemplo seus olhos
luminosos, profundos e aveludados
como cacimbas noturnas de água doce.
Disfarço meu desejo que segue sua figura
com a quietude de um menino espreitando passarinhos.
Malícia, mimosa pudica. Dizem que és erva daninha.
Deveras; meus pensamentos andam infestados de ti.
(Para o Giácomo.)
Quando ele chega no vento das manhãs,
é como o Sol se estendendo pelos campos
em langorosos raios que aquecem
e sem intenção acariciam meus cabelos.
Sua voz é gorjeio de infinitos pássaros
alegremente escondidos entre as árvores.
Permaneço de costas para o Sol.
Neste universo, é ele quem gira entre os planetas.
Adoraria tomá-lo em meus braços,
corpo moreno e cálido ao fim da tarde mas,
como a malícia,
ele se fecha ao toque dos meus dedos.
Impossível colher a rosa vermelha em sua boca.
Qual o caminho para o seu coração? "É fácil."
Eu não sei. Nasci afeita às coisas mais difíceis.
Silenciosa contemplo seus olhos
luminosos, profundos e aveludados
como cacimbas noturnas de água doce.
Disfarço meu desejo que segue sua figura
com a quietude de um menino espreitando passarinhos.
Malícia, mimosa pudica. Dizem que és erva daninha.
Deveras; meus pensamentos andam infestados de ti.