Cidade-noite

Cidade-noite

Cidade morta-viva
em enorme dormida,
de arranha-céus frios todos,
cai encima da tal lua...

A noite é essa contumaz
convidada que não
pede passagem, só
adivinha nosso anseio...

Tranquilamente passa
por entre os dedos como
areia de uma praia longe,
perdida à madrugada...

Por mais que trafeguemos
pelas suas vielas dessas
arquiteturas podres,
não saberemos nunca...

Cidade, uma suntuosa
cadeia de ouro bem puro,
a que não se desprende
dessa função de zeitgeist...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 26/01/2019
Código do texto: T6560132
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