TE ASSEVERAS DE UM SENTIR DE ABANDONO.

Te asseveras de um sentir de abandono

Quando sentes um desejo em teu ventre

Não imaginas que eu sinta algo correlato

Patrocinado pelos desejos que fomento

Por arrogância eu te dei uma lição

Mas o castigo veio em dobro para mim

Não fui sensato em dosar esta missão

Por conseguinte o nosso romance chegou ao fim

Sonho contigo e me acordo inundado

Sacrificado com incômodos nos testículos

Não obstante também te sonho acordado

Mas não te alcanço em meu abraço isto me prostra

A minha alma não tem mais feito a aposta

De que com o tempo voltaremos ao que foi antes

Te magoei e suicidei-me por ignorância

Quem sabe um dia eu hei de aprender

Que no amor não há rancor sem desdobramentos

E os teus lamentos me causam aflições e dores.

Bom dia Luamor, o poema do Neruda já nos dar um norte do que poderia brotar da vossa intensa criação poética, e ao lermos o texto vemos que s suspeitas se converteram em fatos, parabéns pelo vosso incisivo poema, e sedutora ilustração, MJ.

PUBLICADO NO FACE EM 16/02/2019

LUSO POEMAS, 16/02/2019