Céu de fevereiro

Os ventos cantam nas fragas

Incólumes entre os hortos solitários

O vento rasgado nos perfumes

De todo aroma vário

aromas da tarde

Solilóquios

de ventos repetitivos na ribeira do mar.

Que reintegra e se desintegra na mesma onda

Forma alguma de água.

A lívida linha azul que compõe o horizonte

Torna difícil descrever na distância

Expressão de formas dividindo os céus de fevereiro

Enquanto o mundo vai se virando em sua imensidade.

Matizes quentes se pintam em nuvens do entardecer

Gris das noites sobrepujando a luminosidade

Pequenos pastos pardos e o bolir das folhas pelo chão da casa.

Olhar anoitecendo

E as paredes caladas fechadas...

Fingindo suportar a solidão!