Cortinas sombrias - soneto

Cortinas sombrias embaçam meus olhos cansados

Em meus pensamentos presságios florem fecundos

Numa fusão de argamassa que revolvem o passado

Onde continuas debochando da minha fria solidão.

Aqui, deslumbrando o mar com as vagarosas horas

Vejo replay acenando, por trás das cortinas sombrias

Delineando em pedaços trechos de uma recordação

Incorporadas hoje, aos momentos em que as visões

Voltando ao cenário para trazer você para o circuito

Incrustando nos afrescos, essas recordações que se....

Mas valores, pois, a despedida ficou restrita ao caído.

Ainda assim como os mares que se encrespam vazios

Arquivei as montagens em que eu balançava por você.

E que se desfarelou no inoportuno momento de hoje.