Não Te Espero Mais

Vejo-te da janela da minha solidão

Solidão quântica, taciturna

Dilacera o abstrato coração na ilusão

Da esperança que você vai voltar.

Ontem te esperei enquanto as horas passavam,

Enquanto o dia se ia ao final

A ansiedade de ver-te me comovia.

E quanto à noite vinha caminhando

Com seu alento, relento que me consumia

A esperança, mesmo assim queria ver-te.

Ontem, enquanto a semana passava

Esperava eu por você com minha esperança

Alimentada pela saudade que afinal,

No sábado ver-te-ia e esqueceria dos dias

Sem sua presença.

Ontem quando as horas se acumularam.

Virando dias, os dias se tornaram semanas,

E as semanas se transformaram em meses

Os meses se formaram em anos.

E a esperança ainda, mesmo assim

Permanecia fixa no abstrato coração.

Mas hoje não quero alimentar essa esperança,

Pois hoje eu já não te espero mais.

18/09/07.

Caio Martins
Enviado por Caio Martins em 18/09/2007
Reeditado em 19/09/2007
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