De novo o pranto

Tento chorar, mas não consigo

Sinto o pranto chegar, porém

Permanece sempre comigo

Não me deixando ir além

Cada segundo que passa

Cada minuto que perco

Cada hora se vai a esperança

De o dia limitar meu pensamento

Da minha vida levo apenas sua ausência

Da minha vida esqueço de tudo

Dela espero a minha obsolescência

Tanto nesse como em outro mundo

De qualquer forma não choro

Você não me verá em pranto

Porque as lágrimas não quero

Quero esquecer a dor desse momento

Pra onde vou, não tenho conhecimento

Talvez para onde seja ensolarado

Tenha os jardins de flores coberto

Pássaros cantando por todo lado

Mas sinto outra coisa no peito

As minhas obras boas não são

Para alcançar tamanho êxito

Só sei que padeço na escuridão

Fernando Flor Airoso 13h49min 20/09/2007