Verdades Exiladas

Epifanias enclausuradas em sementes

Na vastidão desse deserto desolado

Onde a chuva se esqueceu de estacionar

Onde os pássaros já não podem mais voar

Conhecimentos escondidos entre as frestas

Dessas muralhas que suspendem até o céu

E o ancião entre as cavernas exiladas

Dorme seu sono enfeitiçado e sem perdão

Por entre as trilhas tortas desse labirinto

Caminha o rei chaveiro do desconhecido

Guardando as chaves de toda sabedoria

O grande arcano reservado ao escolhido

E as transições se acusam por trás das portas

O alienado da loucura planta quimeras

O sol em sangue inocente foi banhado

Para tornarem-se homens dos Deuses aliados

E no escuro de um frio profundo o taciturno

Sem mais palavras em esconderijos noturnos

Olhares duros transparecem ser soturno

Por entre as lápides da campa aonde durmo

Ali calado eu aguardo por meu mestre

Pois nessa vida trago marcas que fortalecem

E as respostas são me dadas ao seu tempo

Vindas ao ouvido sussurradas pelo vento

Somente a lua em cálice à estrela... Brilha opaca

Justificando as cicatrizes e as feridas

Nos pés descalços de uma mente insensata

Nos olhos ávidos de uma busca sensata

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 07/04/2019
Código do texto: T6617504
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