Deus sertanejo

Um deus, sentado em seu trono verde, vestido das caças que o alimentavam em terras ancestrais, embalançava os pés fora da rede. O cachimbo na mão deixava vazar a fumaça que desenhava nuvens no céu.

O ar que soprava crescia enfraquecendo o vapor irritante da caatinga ressequida. Aquele deus, reparava o sono dos ventos e ficava a espreita do sertão chover.