Num dia branco do Poeta...
Num dia branco do Poeta... Sérgio Portugal 25-fev-2007
(em Jeri)
Sugiro agora, próprio peito,
Um olhar vago no infinito...
Mas tu relutas, posto, desfrutas
De imagens claras que te definem algo concreto
“Digas porquê...” tu me sussurras
Enquanto desvias meu próprio olhar
À toda imagem que traduz fato
“Pois eu te mostro a alma na lua... nua sob o céu...
Envolta num tênue e quase transparente véu... branco...
Como o dia que ela veio suceder
Mais, detalho a ti o próprio véu... tecido por nuvens
No sublime instante que o olhar o acolhe
E que, futuro orvalho, cobrirá os verdes
Que amanhã me avivarão a cor da própria aura...”
E aí, sorvo o céu que ora os adorna
Delícia d'alma que ele próprio (o céu) acalma
Quando o infinito encontra início e fim
No vago do olhar que eu te convido (peito) a dar
Por fim, te coloco (próprio peito)
Sob esse dia branco do Poeta
Que hoje o amor arquiteta... divino...
Ainda que vago... como o tal olhar...
E ainda, sob o que se desperta... o riso...
Que te traz (peito) o paraíso e a paz...
E, assim, outra vez, eu te convido...
“Que tal (meu peito) um olhar vago no infinito
Num dia branco do Poeta???”