Diário de um perdedor

Saia todas as noites sozinho,

Em busca de um par encantado,

Rondava festas e jogos.

Sempre com uma mulher ao seu lado,

Tinha nos olhos a magia,

Na fala um dom atrativo,

Algo que as mulheres não resistiam,

E caiam em pleno perigo.

Tirava delas o desejo,

E sem perceber jogava fora,

Brincava de amar de verdade,

Fazia juras e ia embora.

Era um galã tipo alinhado,

Que mentia a ter de tudo,

Dinheiro, carro e jóias,

Um poliglota em estudo.

Metido a conquistador,

E só jogava pra ganhar,

Sujeito fino, mas trapaceiro,

Que se passava por doutor,

Dava carícia a namorada,

Mas de olho no jogador,

Fazia conta na boate,

Pagava com o dinheiro dela.

Divertia, fazia farra,

Só saía com cinderela,

No xadrez um xeque-mate,

Quem diria aquele galã,

Que zombava de dar amor,

Encontrou a mulher dos seus sonhos,

E tão logo se apaixonou.

Mas foi rejeitado por ela,

E nem sequer a impressionou,

Pois até as pedras se encontram,

E o trapaceiro encontrou,

Pagou o preço, este é o fim,

Diário de um perdedor.

maninhu
Enviado por maninhu em 21/09/2007
Código do texto: T662007
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