O Sonho e o Som

chove

e ouço o ruído

das folhas que riscam

as prateleiras da madrugada:

- O rio está seco, o rio está seco

desperto ao

rumor indeciso,

alarde das cordas,

o tumulto impreciso das horas:

- Como é vasto o silêncio da multidão

e ao longe,

troveja uma canção

de ferro e Jasmim,

a eufonia (Concerto) das cores,

e meus olhos se cansam em tantos outros feitos do espanto

e cá me torno presente - já embaraçado,

me despedindo do agora,

porque sei que as manhãs

pertencem a vertigem,

e os sonhos, das fuligens do som

Jeronimo Collares
Enviado por Jeronimo Collares em 26/04/2019
Código do texto: T6632950
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