A esmeralda de Uripi
Busquei por uns versos simplórios
Garimpando entre o relvado do vizinho
Procurando em meio à grandiosidade do Oceano
Na Geografia estéril do meu coração vazio
E incrustada entre a gente do Espírito Santo
Encontrei meus versos nos descampados de Uripi.
Assentada na serenidade de uma beleza singela
(É na natureza, a simplicidade, complexidade mais difícil).
E nos dias em que eu me sentir triste irei para Uripi
Comer milho assado na hora, biscoito de polvilho e bolo de fubá
Saltar fogueira, acabar-me de beiju e beijo.
E antes que meu desejo acabe Namorar namorar namorar na reticências infinita.
Lá a felicidade passa cavalgando na estrela que se põe.
E a onça rosna no verde dos olhos de Eliara.
Eliara: é a Esmeralda de Uripi
Eliara é o verde em meu coração.
È meu sonho na imensidão calada
É meus versos mais verdadeiros
Porque neles ela brinca com a palavra amar.