O mirar silencioso

Uma janela deste lado da casa

deixa que reflitam nas paredes

os últimos minutos do sol, num entardecer que se reduz

Na luz amorfa dos contornos.

girando no silêncio de um homem.

Distante do horizonte que mira

A rosa de fogo que se deita consumida

Seu silêncio se prolonga não se sabe se até outro mar

onde o murmúrio das espumas se calam.

Breve voz dos homens

Construindo um sonho que também desejaram

Quando sonharam ao sono das estrelas

Serão amores todas as suas aspirações?

O homem está crescendo observando a sua volta.

A gaivota absorta na solidão das águas

Visionária na sombra

Imensa

Rubra da desaparição do sol crepuscular

Sombras nos desvãos do mundo

Lavouras da tarde

Numa luz triste que devagar se esconde.