GUERRA

Afloramento rochoso,

Meu coração resiste,

De mãos dadas com meu corpo,

Persiste, insiste, inexiste.

Com portas e túneis de sangue,

Pede à pedra pura,

Um momento de silêncio,

Uma pausa ao tormento,

Um suspiro mais profundo,

Para recobrar a força

E não sobejar exangue.

Há de abrandar o corte,

Há de criar a beleza,

E servirà à mesa,

A exigência da sorte .

Suprida, dormente, caída,

renderei minha tristeza

Ao poder de força tal

Que abraçará sem lamentos

Os gritos de cor retumbante

Do que seja bem ou mal.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 08/05/2019
Reeditado em 14/11/2019
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