Viveiro de Palavras

Palavras borboleteiam à minha volta

Os sons delas são sinos a tocar

Se elas abandonam-me sinto falta

Sem palavras não consigo repousar

Muitas nem precisam ser faladas

Mudamente dizem tudo de uma vez

São verdadeiros pirilampos ou fadas

Iluminando os caminhos da sensatez

Palavras são o leito onde me deito

Na esperança de sonhar ainda mais

Com todas as rimas a que tenho direito

Que afagam o peito trazendo-me a paz.