sob o sol da meia noite

Viver no descompasso do tempo,

Eu já não si o que é que eu faço,

Raciocinar ficou mais lento,

E cada vez aperta o laço.

Ferve o ar em pleno globo,

Surge efeito o fato ozônio,

Atinge as matas, sufoca o lobo,

Seja Joaquim ou seja Antonio.

Até as nuvens estão ausentes,

Deixam o céu com mais espaço,

Até a sombra está tão quente,

Vai provocando algum cansaço.

Lá na fronteira reluz o Sol,

Quebra mamona, murcha jasmim,

Resseca a pele o teu lençol,

Quem toma conta de mim?

O planeta vive um momento,

Onde o povo quer refletir,

Concatenar seu pensamento,

Achar uma forma de agir.

O calor tem sido intenso,

Todos os dias no mundo inteiro,

Seca os lábios, mas molha o lenço,

O que restará no cinzeiro.

Busco incessante a minha praia,

Onde eu posso viver tranqüilo,

Tocar o solo feito uma maia,

Vou renegar esse azilo.

Minha esperança é remota,

O grau é tão alto evidente,

O meu limite passou da cota,

Pois já não vivo contente.

maninhu
Enviado por maninhu em 27/09/2007
Código do texto: T670247
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