Rabisco do sentimento
Pode a poesia ter metade fantasia
Mas a outra parte sempre é a realidade
É a verdade que só quem escreve sabe
E que só cabe a quem detém a ponta do lápis
A poesia exige o rabisco do sentimento
Que, lá dentro, restringe-se à alma do poeta
E sua meta é deixar-se transparecer
Essa alma do seu ser que sai do punho do escritor
E aquele rascunho atinge a alma do leitor
Eis que então que se compartilha uma só emoção
Aquela energia, que não cabia em um só coração, se propaga
E agora nunca mais se apaga
Eternizado em linhas, eternizado em arte
Que se multiplica quando se reparte.