Calamidade
Que tempos são esses
Que assolam a população?
As vozes ainda brandam a luta
Contra a imposta resignação.
Parece que estamos sem rumo
E em cada encontro há desconfiança.
Em muitos rostos nós vemos tristeza
E em muitos olhos, desesperança.
Infligem mortes aos inocentes
Trocam a terra por alheia dor.
Sufocam os gritos dos que sofrem
Com gritos de falso louvor.
Banalizaram a vida humana,
A de animais ou qualquer existência.
Os que ditam a ordem fazem o que querem
E a tiros silenciam qualquer resistência.
Que loucos tempos de incoerência
Onde mentiras são vendidas como verdades.
Enquanto o Brasil se banha com o sangue
Seu povo que sofre uma diária calamidade.