Liberdade... Felicidade... Fatalidade...

E se a morte me espreitasse no amanhecer

Quando o sol clareasse minha janela

Ficaria eu estirado... Gelado... De boca aberta

Ou apenas me libertaria dessa dor corrosiva

E se a morte viesse gritante e me roubasse

Aqueles minutos preciosos onde eu não disse

Que te amo... E não te abracei como devia

Pois essa cruel distância me impediu

E se a morte passasse em branco

E meu corpo velho rejuvenescesse

Como as lagartas em casulo... Renascesse

Em leveza e metamorfose de uma borboleta

E se a morte for mentira... Um logro da vida

Banhada de incertezas e sonhos vãos

Então calar-me-ia... Prantearia em poesia

Essa perdição... Essa espera... Tudo em linhas

E se a morte não me deixasse terminar

Esse cigarro que me acompanha nos versos

Fluiria eu tal qual fumaça... Incenso de alma

Espalhando meu olor entre os cedros

Mas venha em sua carruagem de pavor

Buscar-me em meu dito dia derradeiro

Pois te espero... Ansioso e sem temor

E carregue-me a uma dimensão superior

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 26/08/2019
Código do texto: T6729378
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