Porta Entreaberta

Vislumbrei de relance aquela porta

Que entreaberta mostrava-se tentadora

Com seus caminhos repletos de espinhos

E amedrontadores dragões em seus ninhos

Com coragem estampada à face

Entrei sem pedir licença... E enfrentei

Aqueles medos a muito esquecidos

Que surgiam repentinos e fantasmagóricos

Pisei os espinhos com dor e prazer

E enchi-me de cicatrizes de aprendizados

Aquela dor lancinante que um dia incomodou

Tornou-se aliada nessa jornada de venturas

Diante os dragões prostrei-me de joelhos

Para ouvir o canto mágico da sabedoria antiga

Forjei-me em seus sopros de fogo purificador

E atravessei os portais da sanidade

Aceitei minha loucura poética e escrevi

A história dos tempos e da criação

Descrevi o gênesis diante de mim

Nas paredes do templo com sangue e carvão

Depois em um ato de redenção

Ofertei minha alma e toda alegria

Aos sábios profetas e ao ancião

Que guardava os segredos do meu coração

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 03/09/2019
Código do texto: T6736106
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