POETA ERRANTE


Poeta errante, inconstante
Canta o amor em versos e prosas
Mas não sabe amar

Pobre poeta solitário
Sempre insatisfeito
Se faz amor e dissabor

Por onde passa deixa dores
Na sua busca incessante
Não se deixa aprisionar

Poeta infiel as vêzes cruel
Numa viagem sem fim
Vagueia sem rumo

Sem pouso certo, sem direção
Atrás de si deixa almas sofridas
Choros incontidos

Na sua busca desenfreada
Pela sua alma gêmea, nada o detém
Segue cego, sem olhar para trás

Buscando o impossível
O amor perfeito a musa sem defeito
Que só existe em seus sonhos e versos

Pobre poeta errante,
Sem destino, homem menino
Nunca irá parar para descansar

Já deixou para trás um rio de lágrimas
Corações apaixonados, despedaçados
Amores contrariados

... Talvez nessas lágrimas
Tenha deixado seu amor, tão procurado
Tão desejado, passar ....


JuliaBrito