POEMA DE AMOR EXPLOSIVO

o verso que construo é grafado para gritar

o seu eco nominal dirigido, incontido. escuta!

tem seu nome, telefone, minha fome, a voz

destempero da agonia de quem abre o gás

palmo a palmo eu te espalmo dentro e fora

você mesmo além daqui é fato, ato constante

conquisto as terras para com teus pés plantar

os mil grãos urgentes que escondo nas mãos

uma porta de tranca, uma anca, o meu medo

tem desassossego dentro de todo esse querer

mas como barrar o movimento de expansão?

toda flor que recebe o sol quer sair do solo

é natural, coisa vital, é esteio e eu vou semear

molho com água, dou adubo, tiro leite do seio....

betina moraes
Enviado por betina moraes em 01/10/2007
Código do texto: T676258
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