DESAPRENDI

Desaprendi a chorar

Quando aprendi que o amor que me faz sofrer

É o amor que deveras sinto.

Amor não é sinônimo de felicidade e paz,

É um sentimento dúbio, sagaz e severo,

Verdugo de seu cativo

Que embora livre se deixa aprisionar,

Dependente de seus mal tratos

Que afagam a necessidade de tê-lo.

Desaprendi a sorrir

Quando aprendi que o amor que me faz viver

É envolvente como absinto.

Amor que não acaba e sempre se quer mais,

Mais do que se tem, e do que se possa ter,

Amor pelo qual eu vivo

E embora livre, me deixo cativar,

Pelos grilhões de seus cuidados

Que afagam a necessidade que tenho.

Igor José
Enviado por Igor José em 04/10/2007
Código do texto: T680007