um novo tempo

um novo tempo forjado

em êxtase cravado

nas mentes e nos corações

corpo livre dos grilhões da moral vigente

não dar mais satisfações

a opressores patrões

nem cantar no coro dos descontentes

liberdade liberdade liberdade

abriu as asas sobre nós

um novo tempo de amar sem medo

sem o apego visceral

corpo livre como o vento

"que balança as folhas do coqueiro"

traz notícias que o ventre

finalmente está livre

do arqueiro estúpido esculpido

nenhuma forma de prisão

de ventre ou de abraços

mesmo os lábios colados

[olhos atentos]

não interditarão os movimentos do corpo

solto na terra

no espaço

na cama...

Do livro Estrelas - página 24 - edição do autor 2015