Traços dele, deixados em mim.

Eu não imagina o que estava por vir,

Eu estava me divertindo, deixando a música me levar e os ritmos tomarem conta de mim,

Todos a minha volta pareciam fazer o mesmo,

Os risos eram espontâneos e a felicidade pairava naquele local.

Porem, num levantar de olhar tudo repentinamente parou,

Eu não ouvia mais nenhum som, não via mais ninguém, somente quem encontrou meu olhar ,

Me encarando inevitavelmente,

E então naturalmente surgiram todas as memórias,

Todas as palavras,

Trocas de carinho,

Tudo isso me deixou um pouco tonto,

Num instante depois alguém me puxou,

a música aumentou, as pessoas fizeram barulho e eu o perdi de vista.

Como devia, voltei a dançar, a sorrir, a conversar.

Confesso ter olhado outras vezes para o local onde o tinha visto e lá só havia desconhecidos,

Eu precisava sair dali um instante,

Sentar em algum lugar que só pudesse observar,

Feito isso, aos poucos a música foi baixando e eu me desligando, saindo de órbita,

Viajando em pensamentos,

Não me recordo do tempo que fiquei com o pensamento longe,

Mas o meu eu voltou quando percebi que ele já estava ao meu lado,

Eu sentia como se nada existisse,

Que todo aquele lugar estava vazio,

Eu sentia frustração, tristeza, saudade, amor, Felicidade e nostalgia.

Ele acabou com qualquer ação ou palavra tocando em minha mão:

- Dance comigo, apenas uma dança.

E em toda a minha vida eu jamais pude sentir tanto quanto o resto da noite,

Pude sentir cada milímetro do meu corpo em sintonia com o dele, músicas eram um detalhe para trocarmos energia,

Não houve sequer uma palavra dita,

olhares se conversavam numa facilidade sobrenatural,

Então o abracei, fechando os olhos, e quando abertos eu percebi que havia acordado desse sonho, em mais um dia comum, no meu quarto às 08:43 h da manhã de uma segunda feira chuvosa.

Dione Coimbra
Enviado por Dione Coimbra em 09/12/2019
Código do texto: T6814999
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