MAIS-VALIA
Entre drinques e rejuntes
O operário consome
O operário constrói
E assim consuma
Erguendo castelos
De ilusão, o capital .
Na capital, entretanto,
A vida ficou caro
Só deu para comprar o carro
Vendendo não o pão
Mas o trigo, o tricô
A mão e o baço
Tudo que é barato
Para quem compra poder
Vender pelo dobro do pago.