O Que Escuta

Caminho entre surdos

e já surdo carrego, nesse caminho, poucas memórias.

Do Mar, o pulso sem ondas.

Do vento, um pingente ou pendente das folhas já suspensas das copas.

Da chuva, a pressa do vagar.

E do outro, o que me corta caminho, apenas o embaraço do estômago.

Impassível, do tempo, é seu embargo, como desse caminho,

o silêncio do corpo que aprende a escutar.

Jeronimo Collares
Enviado por Jeronimo Collares em 30/01/2020
Reeditado em 30/01/2020
Código do texto: T6853881
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