INEXORÁVEIS

Quando neste trabalho ou passatempo

Feito sob as luzes dum candelabro

Numa noite augusta de tempestade

O sono chega... O devaneio se evapora

Sobre o catre molhado do suor escaldante

E a Lua não brilha na matreira madrugada

Contaminada pelo calor da atmosfera fria.

Tertúlias sobre colchões macios de madrigais

Traz uma sede de amar sem testemunhas

E onde segredos são revelados de soslaio

Deixando avessos os corações sem chaves...

Nutre-se a fome pelos desvelos da consciência

E nas páginas da vida há os tornados silenciosos

Que acariciam os peitos dos amantes embriagados

Pela disfunção orgânica que segrega os arrepios

E abraça uma voluptuosidade anacrônica e amarga

Que o destino confere aos desavisados da noite...

O salário do amor é o orgasmo que tinge os corpos

De vergonha e da libidinagem ortodoxa do leito!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 28/02/2020
Código do texto: T6876694
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