Caderno de rascunhos
Luarzinho assim tão frágil no céu quando aparece/parece que acaricia a face e me faz sorrir /e sorri de volta o riso que eu desenhei numa prece /bem no canto do caderno um pedacinho de mim...uma meia lua sobe e os olhares agradecem, afinal o céu de noite é meio abismo sem fim. Quando finalmente cresce uma lua dá gosto, ilumina aquele rosto que chorava até pouquinho. Queira Deus que a lua esteja contemplando minha amada/ pelo menos pela fresta da janela a penetrar/ aquele raio miúdo que azuleja a pele clara/ e devolve ao pensamento a alegria de criar. Se a lua que está lá fora posso botar aqui dentro/ feito broche de sorriso com lágrimas de emoção/ serei eu também visível em luz e contentamento /ao amor que o céu vigia em noites de solidão.